A Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) vem a público lamentar que, mais uma vez, representantes do povo na Câmara de Vereadores, se posicionem contra a vontade da população.
Os 14 vereadores que apresentaram a proposta sabem muito bem, mas não custa lembrar que, em 2012, um abaixo-assinado contra esta mesma ideia teve o apoio formal de 30 mil ribeirãopretanos. Certamente, a vontade da população não mudou em dez anos. Ainda mais diante da grave crise econômica que se estende desde 2014 e afeta também os cofres públicos.
Por isso, também não é justo o argumento de que sobram recursos no orçamento do Legislativo municipal, que anualmente devolve verba ao Executivo. Embora a lei destine um valor fixo para as despesas da Câmara esses recursos pertencem aos pagadores de impostos e devem ser aplicados em favor da população e não em prol de grupos de interesse.
Importante reforçar que, apenas com salários e obrigações trabalhistas dos gabinetes e subsídios dos vereadores, os cinco novos legisladores custariam cerca de R$ 4,5 milhões por ano. Fora despesas operacionais, como licenças de softwares, equipamentos, mobiliários e outros custos ligados ao exercício do mandato (transporte e diárias de viagens).
A Acirp, no exercício de sua obrigação estatutária é contrária à proposta. Entende, entretanto, que é preciso qualificar os serviços prestados pelos atuais vereadores, que têm por obrigação legislar e fiscalizar o Executivo.
Acirp se posiciona contra o aumento do número de vereadores
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