A Câmara de Ribeirão Preto marcou para a próxima segunda-feira (6/2), às 18h30, uma audiência pública sobre a proposta de aumentar de 22 para 27 o número de vereadores na cidade.
A discussão do tema com a população foi solicitada pela Associação Comercial de Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) no dia 17 de janeiro e acontecerá no plenário da casa de leis (Av. Jerônimo Gonçalves, 1200). Todos os cidadãos estão convidados a comparecer e a se manifestar.
A Acirp é contrária ao aumento do número de legisladores proposto pelo Projeto de Emenda à Lei Orgânica do Município (nº 04/2022), que altera a redação ao Artigo 6º e dispõe sobre a nova composição do Poder Legislativo local.
A mudança foi sugerida no encerramento de 2022, pouco antes do recesso da Câmara Municipal. Cinco legisladores a mais representam um aumento de R$ 15 milhões nas despesas ao longo da próxima legislatura.
“Foi uma reprise do que foi feito em 2016, quando conseguiram aprovar o aumento de vereadores e a sociedade civil precisou buscar a reversão do quadro na Justiça”, aponta Dorival Balbino, presidente da Acirp. Na época, 30 mil ribeirão-pretanos contrários à mudança assinaram um documento pedindo a revogação dos novos postos criados.
Ao longo do último mês, diversas entidades representativas da cidade encabeçaram um movimento para evitar que a situação se repita. Além da Acirp, fazem parte Ciesp, Instituto Ribeirão 2030, Observatório Social, Sincovarp, Sincomerciários, Aescon, IPCCIC, Amarribo, SINDTur, Abigraf, CDL, Ribeirão Preto Convention& Visitors Bureau, Projete, Academia Ribeirãopretana de Educação, AEAARP e Arboreser.
Entre as ações, o grupo promoveu uma distribuição de adesivos com lema “22 bastam!” no Calçadão e na avenida Presidente Vargas. A Acirp também realizou uma pesquisa on-line que, em apenas 14 dias, mostrou que 96,4% dos ribeirão-pretanos são contra o aumento. A amostra foi de 2.053 respostas colhidas entre os dias 10 e 23 de janeiro, sendo 1.980 votos contrários e apenas 73 a favor. “A ampla maioria das pessoas não apoia a medida”, reforça Balbino.