A Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto e os seus cerca de seis mil associados vem, por meio deste, manifestar a sua preocupação e tristeza com o gradativo processo de abandono do Centro de Ribeirão Preto pelo Poder Público, com reflexos extremamente perigosos na segurança e integridade física de comerciantes e moradores.
Nos últimos anos, é visível o processo de degradação da área central da cidade, que coincide com a gradativa redução/extinção do sistema de videovigilância. Lembramos que, até alguns anos atrás, a ACIRP era responsável pela manutenção de todo o sistema, formado por duas dezenas de câmeras de vigilância. Até onde sabemos, os índices de violência na região central eram significativamente inferiores em relação aos atuais.
Nos últimos dois meses, pelo menos quatro estabelecimentos comerciais da região central foram alvos de ataques marcados pela extrema violência, causando, inclusive, o fechamento de um dos negócios vítimas do crime.
Sabemos das dificuldades que a Administração Municipal enfrenta na gestão de uma cidade de 720 mil habitantes, ainda mais durante o processo devastador de uma pandemia.
No entanto, existem diferenças significativas entre dificuldades para agir e a ausência de ação. E, as consequências dessa inação, têm produzido reflexos terríveis nas vidas de moradores e comerciantes do Centro.
O momento das desculpas é passado. Precisamos de ação ou, no mínimo, indícios de que os gestores desta cidade têm um mínimo de preocupação com a região central.
Por isso, a ACIRP, comerciantes, prestadores de serviços e os moradores do Centro de Ribeirão Preto EXIGEM que a região que deu origem à cidade e sua principal área comercial seja tratada com o respeito que merece.
EXIGIMOS segurança para poder trabalhar sem termos as portas dos nossos estabelecimentos arrombadas, causando milhares de reais em prejuízo e o encerramento de negócios.
EXIGIMOS poder caminhar pela área central sem corrermos o risco de sermos vítimas de furtos ou roubos;
EXIGIMOS que o ambiente de negócios seja gerido por leis que possam ser aplicadas a todos, de forma indistinta; Por fim, EXIGIMOS o direito de poder comprar e vender sem ter as nossas vidas postas em risco, pela falta de proteção do Estado, conforme exigido pela Constituição da República Federativa do Brasil.