Pensar na economia é pensar na saúde financeira de empresas, de famílias de trabalhadores, de famílias de empresários, de uma cadeia produtiva e consumidora
Diante de uma crise sem precedentes instaurada por conta da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), comerciantes, industriais e prestadores de serviços, que já vinham tentando se recuperar da última crise econômica instalada no País, agora está lutando para manter os negócios ativos, os empregos e continuar gerando riqueza para o País.
Para tentar amenizar a crise, nós temos proposto diversas medidas para tentar minimizar os efeitos econômicos da pandemia. Defendemos um debate sobre as possibilidades de conciliar atividade econômica e preservação da saúde, tendo em vista as condições e a realidade do município.
Temos representado os interesses do setor produtivo junto ao Poder Público na busca de soluções e de medidas efetivas que possam minimizar os efeitos da pandemia. Também temos solicitado aos órgãos competentes a liberação de crédito empresarial neste período de calamidade, principalmente para folha de pagamento e capital de giro, além da extensão do prazo de pagamento de tributos.
Temos de dar ênfase no trabalho realizado pela equipe da ACIRP na elaboração de pesquisas que têm ajudado a entender melhor a realidade dos nossos associados. Na última realizada, pudemos enxergar a capacidade financeira para a maioria das empresas no caso da pandemia perdurar. Essas estatísticas contribuirão para que continuemos intervindo em favor do empresariado.
Busca por soluções
Em boa medida, temos conseguido avançar em algumas questões, como a mudança da data de comemoração do Dia das Mães para junho, motivada a partir de uma pesquisa realizada junto aos associados, e a defesa da modalidade de drive-thru para os lojistas. Também solicitamos a liberação do sistema de Take Out para serviços não essenciais, tendo em vista a incapacidade urbana de atendimento com automóveis em todas as Regiões.
Outra frente de atuação é a consultoria que temos oferecido aos nossos associados por meio de canais de comunicação como WhatsApp e e-mail. Esclarecemos suas dúvidas e fornecemos informações e orientações por meio de boletins diários que trazem os conteúdos dos decretos publicados pela Prefeitura e pelo Estado, além de informações sobre finanças, inovação e gestão de crise.
Estamos vivendo uma situação jamais imaginada e sobre a qual temos pouquíssimas informações ainda. E neste cenário de guerra, muitos debates públicos para mudanças no sistema e na sociedade estão sendo apressados por necessidade de mudanças urgentes. Isso inclui relações de consumo, relações de trabalho, formas de exercer as atividades, nossos protocolos de higiene e etc.
Muitas empresas tiveram que se adaptar ao home office, ao uso de máscaras em todos os ambientes, a ter menos interação social e mais presença on-line, principalmente nos negócios. No comércio, percebemos, por meio de pesquisa, que as empresas que já estavam adaptadas ao ambiente de vendas virtual conseguiram se organizar de forma mais rápida, então entendemos que este é um caminho viável.
No âmbito político, nossa luta é para estabelecer um debate sobre as possibilidades de conciliar atividade econômica e preservação da saúde levando em consideração as condições e a realidade de cada localidade. Queremos que a situação no município de Ribeirão Preto, seja tratada de acordo com sua singularidade no enfrentamento da pandemia.
Para isso, defendemos pensar no como abrir o comércio, para saber quando abrir e assim conseguir contribuir de forma segura para a transição da crise de saúde à normalidade.
Saúde e economia não podem ser analisadas distintamente. Pensar na economia é pensar na saúde financeira de empresas, de famílias de trabalhadores, de famílias de empresários, de uma cadeia produtiva e consumidora. Empresas geram receita, trabalhadores geram riquezas e todos nós geramos despesas e pagamos impostos.